Sophia de
Mello Breyner Andresen é um dos maiores e mais premiados nomes da literatura
portuguesa. Nasceu em 6 de Novembro de 1919, na cidade do Porto, onde passou
sua infância. Por ser de uma família aristocrata, beneficiou-se de uma educação
cultural e artisticamente privilegiada e orientada por princípios católicos.
Estudou
filologia clássica, por quatro anos, na universidade de Lisboa, mas não chegou
a terminar o curso.
Em 1940,
dedica-se a escrever poesia, mas só publica seu primeiro livro em 1944, numa
edição de autor paga pelo pai, com uma tiragem de apenas 300 exemplares.
Em 1990, Sophia reúne em 3 volumes toda a sua obra poética.
Em 1946,
Sophia se casou com o advogado e jornalista Francisco Sousa Tavares,
neste casamento tem cinco filhos, para quem Sophia escreveu suas histórias infantis.
Sophia também possuía um forte interesse político
e foi uma lutadora empenhada pelas causas politicas. Opôs-se ao regime salazarista ainda vigente na época
em que se mudou para Lisboa, sendo candidata
pela oposição Democrática nas eleições legislativas de 1968 e chegou pertencer à Comissão Nacional de Apoio aos
Presos Políticos. Foi eleita deputada
à Assembléia Constituinte em 1975 pelo Partido Socialista (PS). O Movimento Democrático das Mulheres a entregou, em
2000, a Distinção de Honra.
Sophia de Mello Breyner Andresen faleceu a 2
de julho de 2004, em Lisboa, deixando 17 livros de poesia, nove antologias, 13 livros de prosa entre contos
e histórias para a infância, seis ensaios e uma peça de teatro. Tendo
recebido por suas obras, entre outros,
o
Prémio Camões 1999, o Prémio Poesia Max Jacob 2001 e o Premio Rainha Sofia de
Poesia Ibero-Americana.
Em 2014, dez
anos após sua morte, a assembléia da republica portuguesa determinou a concessão
de honras do panteão à escritora. Os restos mortais da ilustre Sophia de Mello
Breyner Andresen foram então transferidos para o Panteão Nacional, onde se encontra
até hoje.
Fontes:
https://www.publico.pt/2004/07/02/culturaipsilon/noticia/morreu-sophia-de-mello-breyner-1198245
https://www.portoeditora.pt/campanhas/sophia-de-mello-breyner-andresen
Porque os outros se mascaram mas tu não
ResponderExcluirPorque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não. S.M.B.A